quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nasa acha moléculas orgânicas em planetas fora do Sistema Solar


Pesquisadores da Nasa (agência espacial norte-americana) anunciaram a descoberta de química básica para a vida em um segundo e novo planeta quente e gasoso, muito distante do nosso Sistema Solar. Feito na terça-feira (20), o anúncio da pesquisa também informa que isso permite aos astrônomos avançar quanto a identificar planetas onde a vida possa existir.
 
O planeta, que leva o nome de HD 209458b, não é habitável, mas possui a mesma química que, se encontrada em um planeta rochoso no futuro, pode indicar a presença de vida.
 
"É o segundo planeta fora do nosso Sistema Solar em que água, metano e dióxido de carbono foram encontrados --elementos importantes para processos biológicos em planetas habitáveis", disse o pesquisador Mark Swain, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. "A descoberta de componentes orgânicos nos dois exoplanetas já traz a possibilidade de que será corriqueiro encontrar planetas com moléculas que podem ser vinculadas à vida."
 
 
Os pesquisadores usaram dados de dois observatórios em órbita: os telescópios espaciais Hubble e Spitzer, para estudar o HD 209458b --que, além de quente e gasoso, é gigante (maior do que Júpiter) e orbita em uma estrela semelhante ao Sol por volta de 150 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pegasus.
 
Sequencial
 
http://www.risco.com.br/NL/MOL/02/CO2-Representacoes.jpgA descoberta segue a uma outra, ocorrida em dezembro de 2008, que mostrou a presença de dióxido de carbono (CO2) em outro planeta do tamanho de Júpiter, o HD 189733b. Observações anteriores do Hubble e do Spitzer também tinham revelado que o planeta contém água em vapor e metano.
 
Para rastrear as moléculas orgânicas, a Nasa usou espectroscópios, instrumentos que dividem a luz em componentes para mostrar a "assinatura" de diferentes elementos químicos. Dados da câmera infravermelha do Hubble e do espectrômetro de multiobjetos mostraram a presença de moléculas, e dados do fotômetro e do espectrômetro infravermelho do Spitzer mediram as respectivas quantidades.
 
"Isso demonstra que nós podemos identificar as moléculas importantes nos processos de vida", disse Swain. Os astrônomos podem, a partir de agora, comparar as duas atmosferas de ambos os planetas, pelas diferenças e similaridades. Por exemplo: as quantidades de água e dióxido de carbono relativas a ambos os planetas são similares. (Folha Online)

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